leitura

Empregos do futuro e novas adaptações ao mercado de trabalho

por Susilea Abreu dos Santos Lima

As grandes revoluções industriais da história resultaram em mudanças tecnológicas que geraram um grande impacto na produção, na economia e, consequentemente, no emprego. Desde sempre, ouvimos falar que a máquina tomaria o lugar do homem.

Uma preocupação real na época, pois cerca de 22 milhões de empregos desapareceram das fábricas de todo o mundo entre 1995 e 2002. Pessoas precisaram se adaptar àquele cenário para continuar atuantes no mercado de trabalho. E hoje ainda nem nos recuperamos dos efeitos da 3ª revolução e já estamos sendo atropelados pela 4ª revolução industrial.

Para termos uma noção da velocidade com que a tecnologia nos atinge, estudos lembram que para alcançar 50 milhões de usuários, o telefone fixo demorou 75 anos e a TV, 13 anos. A internet levou cerca de 3 anos e o Facebook, apenas 1 ano. Já o jogo Angry Birds, em apenas 35 dias, mais de 50 milhões de usuários já estavam matando os porcos em seus smartphones. O que isso tem a ver com o seu emprego? Tudo! Se antes tínhamos um tempo para nos adaptar às mudanças, aqueles que não reagirem rapidamente, ficarão de fora do mercado.

 

Empregos do futuro

A grande discussão no Fórum Econômico Mundial, em 2019, foi sobre a substituição dos empregos pelos robôs. Já sabemos que alguns empregos estão desaparecendo, mas só para refrescar nossa memória: carteiros, agricultores, caixas de banco, caixas de supermercados, atendentes de aeroportos, telefonistas, garçons, vendedores de seguros, motoristas... Tem mais na lista, mas basicamente, aqueles trabalhos que podem ser executados por uma máquina, sim, serão extintos.

E agora as máquinas não são mais "burras". Elas têm o poder de decisão e logo te levarão aos lugares de uma forma mais segura do que uma pessoa levaria. E elas ainda estão aprendendo! Então, quais seriam os empregos do futuro?

Pesquisas estimam que até 65% das crianças que estão começando a escola hoje, quando formadas, terão um emprego que ainda não existe. Para elas, podemos apenas dizer quais as habilidades serão necessárias para enfrentar essa revolução. Começando pela criatividade para resolver problemas complexos e inéditos. Robôs não são bons nisso! Pensamento crítico, inteligência emocional, gerenciamento de pessoas, capacidade de negociação estão nas habilidades mais comentadas para o futuro. E então Watson, o que tem a dizer?

 

Susilea Abreu dos Santos Lima – Coordenadora dos cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da Universidade Vila Velha - UVV. Mestre em Informática, com experiência na área de Ciência da Computação e ênfase em Engenharia de Software.

Tags: Capacitação profissional, Mercado de trabalho

Receba os melhores conteúdos da UVV no seu e-mail