O jornalismo passou por diversas transformações ao longo dos anos. Inicialmente, o jornal impresso era o principal veículo de informação e entretenimento de uma sociedade. Quem aí já ouviu falar dos folhetins? Com o avanço dos meios de comunicação, somado ao surgimento do rádio e televisão nas décadas seguintes, a profissão adotou novos modelos para manter a população informada.
Grandes artistas da época foram pioneiros nessa transição. O Chacrinha, considerado um dos maiores comunicadores do país, começou sua carreira como locutor e comandava os famosos programas de auditório. Sua estreia na televisão expandiu ainda mais o seu alcance e impacto na cultura brasileira. Esse também foi o caso de Hebe Camargo, Silvio Santos, Faustão e várias outras personalidades que marcaram uma geração.
Não foi diferente com a Internet. Os meios tradicionais adotaram novos formatos e, o jornalismo, passou por uma mudança radical em sua forma de atuação. Marcela Tessarolo, coordenadora dos cursos de comunicação da Universidade Vila Velha (UVV) afirma: “Ele foi extremamente impactado pelas plataformas de mídias sociais em todo seu processo”.
Se antes o noticiário levava um dia para ser publicado, com o surgimento das mídias sociais, essa produção ficou mais ágil. Agora, os jornalistas podem capturar, editar e publicar histórias em tempo real, utilizando uma variedade de formatos que incluem texto, áudio, vídeo e gráficos, além de serem distribuídos nas redes sociais e em outros formatos digitais.
“Quando o jornalismo apura a reportagem, desmente ou confirma alguma informação, ele fica muito dependente das mídias sociais para fazer essa notícia chegar para população. Isso faz com que ele crie parcerias com essas plataformas para a distribuição desse conteúdo. A gente passou por uma fase em que a publicação de um cidadão comum e as informações jornalísticas tinham o mesmo peso para a Inteligência Artificial. Por muito tempo eles não privilegiavam a informação do jornalismo profissional como mais importante nos algoritmos” afirma Marcela.
Essa realidade fez com que os conteúdos jornalísticos enfrentassem uma concorrência direta com uma série de outras publicações, incluindo a desinformação. Como resposta a esse desafio, surgiram as empresas de fact-checking com o propósito de verificar as informações veiculadas na mídia e nas redes sociais. Assim, toda informação de origem duvidosa é checada pelas agências e recebe um selo de verdadeiro ou falso.
Vitor Gregório, egresso de Jornalismo UVV e repórter da Rede Gazeta, está acompanhando as recentes mudanças da profissão. Ele já passou por diversas áreas, que vão desde Marketing Digital, programação de rádio e até produção de conteúdo para redes sociais e portal de notícias. Quando questionado sobre o futuro da profissão, ele deixa sua opinião:
“Ele sempre permanecerá vivo e ativo, afinal, é através dele que as pessoas têm acesso a informação. Ele se faz presente através das redes sociais, portais de notícias e demais formas de consumo de conteúdo. Na profissão, é possível caminhar em diferentes áreas e vertentes. O jornalismo é forte, necessário e seguirá presente ao longo dos anos”.
Se você tem interesse na área, o curso de Jornalismo UVV está disponível nas modalidades presencial e EAD. Sua infraestrutura conta com estúdio de TV, fotografia e rádio; laboratórios; projeto de extensão, além de equipamentos, oportunidades de estágio nas rádios HF News e UVV TV, filial do canal Futura.